Relatório Final - CRR-UFSCar-Sorocaba (2014-2015)

Nos anos de 2014 e 2015 foram oferecidos seis cursos pelo CRR-UFSCar-Sorocaba. Leia o relatório com os resultados das atividades realizadas.

Relatório Final - CRR-UFSCar-Sorocaba (2014-2015)

 

Nos anos de 2014 e 2015 foram oferecidos seis cursos pelo CRR-UFSCar-Sorocaba:

A) Curso de atualização sobre intervenção breve e aconselhamento motivacional em crack e outras drogas para Agentes Comunitários de Saúde, Redutores de Danos, Agentes Sociais e profissionais que atuam nos Consultórios e Rua

B) Curso de Atualização em gerenciamento de casos e reinserção social de usuários de crack e outras drogas para profissionais das redes SUS e SUAS (duas turmas)

C) Curso de Aperfeiçoamento sobre Crack e outras Drogas para profissionais atuantes em Estratégias da Saúde da Família (ESF) e no Núcleo de Assistência à Saúde da Família (NASF)

D) Curso de Atualização em atenção integral aos usuários de crack e outras drogas para profissionais atuantes nos Hospitais Gerais

E) Curso de Aperfeiçoamento em Crack e outras Drogas para Agentes do Sistema Judiciário, Segurança Pública e Ministério Público

F) Curso de Aperfeiçoamento em Crack e outras Drogas para Profissionais do Poder Judiciário, Ministério Público e entidades que atuam no atendimento/apoio a adolescentes em cumprimento de medidas sócio-educativas, com privação de liberdade.

            Todos os cursos tiveram a carga horária de 60 horas-aula, divididas em 10 encontros e o uso de Metodologias ativas no seu decorrer, com destaque para a PBL (Aprensdizagem Baseada em problemas).

Inicialmente foram previstas duas turmas para o curso A e uma turma para os demais. No entanto, devido à grande procura para os Cursos A e B e a procura menor para os cursos C e D, frente ao previsto no projeto original, foi autorizada pela SENAD a abertura de mais uma turma para o curso A (totalizando três) e outra para o curso B (totalizando duas), mantendo-se uma turma para os demais cursos, de forma a se conseguir alcançar o total de alunos previstos no projeto original.

Os números de alunos selecionados, de alunos que efetivamente iniciaram o curso, e de alunos concluintes são os seguintes:

 

Curso A: 247 Inscritos / 204  Iniciantes / 163 Concluintes (80% dos que iniciaram)

Curso B: 154 Inscritos / 142   Iniciantes / 125 Concluintes (88% dos que iniciaram)

Curso C: 79 Inscritos / 70 Iniciantes / 61 Concluintes (87% dos que iniciaram)

Curso D: 44 Inscritos / 39 Iniciantes / 34 Concluintes (87% dos que iniciaram)

Curso E: 75 Inscritos / 59 Iniciantes / 50 Concluintes (85% dos que iniciaram)

Curso F: 70 Inscritos / 52 Iniciantes / 43 Concluintes (83% dos que iniciaram)

Total: 669 Inscritos / 566 Iniciantes / 476 Concluintes (84% dos que iniciaram)

 

            Analisando-se estes dados, observamos que, apesar de terem sido abertas um número maior de vagas, prevendo-se certo grau de desistência no período entre a seleção e o início efetivo do curso, este grau foi um pouco maior do que o previsto, tendo 566 alunos iniciado efetivamente os cursos, dos 600 previstos no projeto inicial. Destes, 476 concluíram com bom desempenho, o equivalente a 84% dos que iniciaram, o que foi avaliado como uma porcentagem bastante satisfatória pela equipe de coordenação do projeto. Não houve diferença significativa entre os diversos cursos nesse quesito, pois em todos eles a porcentagem de concluintes ficou no intervalo entre 80º% e 88% dos iniciantes.

            Com relação à cidade de origem dos que iniciaram os cursos, podemos observar que o projeto atingiu alunos de 47 municípios diferentes, alguns deles fora da região de abrangência inicialmente prevista[1]. As seguintes cidades tiveram alunos que participaram dos cursos: Alambari, Alumínio, Araçoiaba Da Serra, Araraquara, Boituva, Campinas, Capão Bonito, Capela do Alto, Capivari, Cerquilho, Cesário Lange, Diadema, Franco Da Rocha, Guapiara, Ibiúna, Indaiatuba, Iperó, Itaberá, Itaóca, Itapetininga, Itapeva, Itararé, Itu, Laranjal Paulista, Mairinque, Monte Mor, Nova Campina, Osasco, Piedade, Pilar Do Sul, Porto Feliz,Quadra, Rafard, Ribeirão Grande, Salto, Salto De Pirapora, São Carlos, São Paulo, São Roque, Sarapui, Sorocaba, Sumaré, Tapiraí, Taquarivaí, Tatuí, Tietê,Votorantim,

                  Pouco mais da metade dos alunos (53%) são de Sorocaba, o que se explica por ser a sede da região metropolitana, com população muito maior do que as demais, e pelo fato dos cursos terem sido realizados na cidade.

                  Em relação às instituições onde trabalham, tivemos os seguintes número de alunos:

Prefeituras:  85

CAPS:  75

CRAS/CREAS:  63

ONGs:            49

UBS: 40

ESFs/NASFs:  33

Clínicas/Comunidades terapêuticas:   27

Unidades de Medidas Sócio-educativas: 27

Guardas Civis Municipais: 21

Hospitais Gerais: 20

Secretarias de Desenvolvimento Social: 17

Consultórios privados:           14

Abrigos: 10

Unidades do Sistema Prisional: 9

Ambulatórios de Saúde Mental: 7

Escolas/Universidades: 7

Hospitais Psiquiátricos: 7

Grupos de Mútua-ajuda: 7

Secretarias da Saúde: 7

Escolas especiais: 6

Conselhos Tutelares: 4

Outros: 13

Sem informação: 18

TOTAL: 566

 

            Podemos verificar uma grande diversidade de instituições de origem dos alunos, com grande número de pessoas que trabalham nas gestões de seus municípios de origem, mas também nas redes de saúde e assistência social. Destas, chama a atenção o grande número de trabalhadores de CAPS e de CRAS/CREAS o que se explica por serem instituições que tem centralidade nas redes SUS e SUAS e recebem número significativo de usuários de drogas e familiares, o que motiva os profissionais a procurarem formação adequada.

 Há também um número bastante significativo de trabalhadores da rede básica de saúde (UBS, ESFs e NASFs), de ONGs em geral, de Clínicas e Comunidades terapêuticas que tem usuários de drogas como público-alvo, de trabalhadores em Unidades de medidas sócio-educativas e de integrantes das Guardas Civis Municipais. A avaliação da equipe de coordenação do projeto é que a grande diversidade de instituições com alunos ingressantes nos cursos possibilitou não somente atingir o que foi previsto originalmente no projeto, mas também a formação de redes entre estes profissionais no transcorrer dos cursos.



[1] Tais alunos foram contemplados em virtude de haver vagas disponíveis nos cursos desejados.

dche.pnglogo-proex-positivo.pnglogoufscartrans.png Crack senad brasil